Leia atentamente: (Você pode até pensar que tem muita coisa pra ler, mas posso te garantir que uma convicção pode ser gerada dentro de você, de que valeu apena!!)
Relato aqui a descrição das dores de Jesus feita por um
grande estudioso francês, o médico Dr. Barbet : dando a possibilidade de
compreender realmente as dores de Jesus durante a sua paixão. "Eu sou um
cirurgião, e dou aulas há algum tempo. Por treze anos vivi em companhia de
cadáveres e durante a minha carreira estudei a fundo anatomia. Posso portanto
escrever sem presunção."
01. Jesus entrou em agonia no Getsemani - escreve o
evangelista Lucas – orava mais intensamente. "E seu suor tornou-se como
gotas de sangue a escorrer pela terra". O único evangelista que relata o
fato é um médico, Lucas . E o faz com a precisão dum clínico. O suar sangue, ou
"hematidrose", é um fenômeno raríssimo. Produz-se em condições
excepcionais: para provocá-lo é necessário uma fraqueza física, acompanhada de
um abatimento moral violento causado por uma profunda emoção, por um grande
medo. O terror, o susto, a angústia terrível de sentir-se carregando todos os pecados
dos homens devem ter esmagado Jesus. Tal tensão extrema produz o rompimento das
finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas, o sangue se
mistura ao suor e se concentra sobre a pele, e então escorre por todo o corpo
até a terra.
02. Conhecemos a farsa do processo preparado pelo Sinédrio
hebraico, o envio de Jesus a Pilatos e o desempate entre o procurador romano e
Herodes. Pilatos cede, e então ordena a flagelação de Jesus. Os soldados
despojam Jesus e o prendem pelo pulso a uma coluna do pátio. A flagelação se
efetua com tiras de couro múltiplas sobre as quais são fixadas bolinhas de
chumbo e de pequenos ossos.
Os carrascos devem ter sido dois, um de cada lado, e de
diferente estatura. Golpeiam com chibatadas a pele, já alterada por milhões de
microscópicas hemorragias do suor de sangue. A pele se dilacera e se rompe; o
sangue espirra. A cada golpe Jesus reage em um sobressalto de dor. As forças se
esvaem; um suor frio lhe impregna a fronte, a cabeça gira em uma vertigem de náusea,
calafrios lhe correm ao longo das costas. Se não estivesse preso no alto pelos
pulsos, cairia em uma poça de sangue.
03. Depois o escárnio da coroação. Com longos espinhos, mais
duros que aqueles da acácia, os algozes entrelaçam uma espécie de capacete e o
aplicam sobre a cabeça. Os espinhos penetram no couro cabeludo fazendo-o
sangrar (os cirurgiões sabem o quanto sangra o couro cabeludo).
04. Pilatos, depois de ter mostrado aquele homem dilacerado
à multidão feroz, o entrega para ser crucificado. Colocam sobre os ombros de
Jesus o grande braço horizontal da Cruz; pesa uns cinqüenta quilos. A estaca
vertical já está plantada sobre o Calvário. Jesus caminha com os pés descalços
pelas ruas de terreno irregular, cheias de pedregulhos. Os soldados o puxam com
as cordas. O percurso, é de cerca de 600 metros. Jesus, fatigado, arrasta um pé
após o outro, freqüentemente cai sobre os joelhos. E os ombros de Jesus estão
cobertos de chagas. Quando ele cai por terra, a viga lhe escapa, escorrega, e
lhe esfola o dorso.
05. Sobre o Calvário tem início a crucificação. Os carrascos
despojam o condenado, mas a sua túnica está colada nas chagas e tirá-la é
atroz.
Alguma vez vocês tiraram uma atadura de gaze de uma grande
chaga? Não sofreram vocês mesmos esta experiência, que muitas vezes precisa de
anestesia? Podem agora vos dar conta do que se trata. Cada fio de tecido adere
à carne viva: ao levarem a túnica, se laceram as terminações nervosas postas em
descoberto pelas chagas. Os carrascos dão um puxão violento. Como aquela dor
atroz não provoca uma síncope?
O sangue começa a escorrer. Jesus é deitado de costas, as
suas chagas se incrustam de pé e pedregulhos. Depositam-no sobre o braço
horizontal da cruz. Os algozes tomam as medidas. Com uma broca, é feito um furo
na madeira para facilitar a penetração dos pregos; horrível suplício! Os
carrascos pegam um prego (um longo prego pontudo e quadrado), apóiam-no sobre o
pulso de Jesus, com um golpe certeiro de martelo o plantam e o rebatem sobre a
madeira. Jesus deve ter contraído o rosto assustadoramente. No mesmo instante o
seu pólice, com um movimento violento se posicionou opostamente na palma da
mão; o nervo mediano foi lesado. Pode-se imaginar aquilo que Jesus deve ter
provado; uma dor lancinante, agudíssima, que se difundiu pelos dedos, e
espalhou-se, como uma língua de fogo, pelos ombros, lhe atingindo o cérebro.
Uma dor mais insuportável que um homem possa provar, ou seja, aquela produzida
pela lesão dos grandes troncos nervosos. De sólido provoca uma síncope e faz
perder a consciência. Em Jesus não. Pelo menos se o nervo tivesse sido cortado!
Ao contrário (constata-se experimentalmente com freqüência)
o nervo foi destruído só em parte: a lesão do tronco nervoso permanece em
contato com o prego: quando o corpo for suspenso na cruz, o nervo se esticará
fortemente como uma corda de violino esticada sobre a cravelha.
A cada solavanco, a cada movimento, vibrará despertando
dores dilacerantes. Um suplício que durará três horas.
O carrasco e seu ajudante empunham a extremidade da trava;
elevam Jesus, colocando-o primeiro sentado e depois em pé; conseqüentemente
fazendo-o tombar para trás, o encostam na estaca vertical. Depois rapidamente
encaixam o braço horizontal da cruz sobre a estaca vertical. Os ombros da
vítima esfregaram dolorosamente sobre a madeira áspera. As pontas cortantes da
grande coroa de espinhos o laceraram o crânio. A pobre cabeça de Jesus
inclinou-se para frente, uma vez que a espessura do capacete o impedia de
apoiar-se na madeira. Cada vez que o mártir levanta a cabeça, recomeçam
pontadas agudíssimas.
Pregam-lhe os pés. Ao meio-dia Jesus tem sede. Não bebeu
desde a tarde anterior. As feições são impressas, o vulto é uma máscara de
sangue. A boca está semi-aberta e o lábio inferior começa a pender. A garganta,
seca, lhe queima, mas ele não pode engolir. Tem sede. Um soldado lhe estende
sobre a ponta de uma vara, uma esponja embebida em bebida ácida, em uso entre
os militares. Tudo aquilo é uma tortura atroz. Um estranho fenômeno se produz
no corpo de Jesus.
Os músculos dos braços se enrijecem em uma contração que vai
se acentuando: os deltóides, os bíceps esticados e levantados, os dedos se
curvam. Diria um ferido atingido de tétano, presa de uma horrível crise que não
se pode descrever. A isto que os médicos chamam tetania, quando os sintomas se
generalizam: os músculos do abdômen se enrijecem em ondas imóveis, em seguida
aqueles entre as costelas, os do pescoço, e os respiratórios. A respiração se
faz, pouco a pouco mais curta. O ar entra com um sibilo, mas não consegue mais
sair. Jesus respira com o ápice dos pulmões. Tem sede de ar: como um asmático
em plena crise, seu rosto pálido pouco a pouco se torna vermelho, depois se
transforma num violeta purpúreo e enfim em cianítico.
Jesus atingido pela asfixia, sufoca. Os pulmões cheios de ar
não podem mais se esvaziar. A fronte está impregnada de suor, os olhos saem
fora de órbita. Que dores atrozes devem ter martelado o seu crânio!
Mas o que acontece? Lentamente com um esforço sobre-humano,
Jesus tomou um ponto de apoio sobre o prego dos pés. Esforçando-se a pequenos
golpes, se eleva aliviando a tração dos braços. Os músculos do tórax se
distendem. A respiração se torna mais ampla e profunda, os pulmões se esvaziam
e o rosto recupera a palidez inicial.
Porque este esforço? Porque Jesus quer falar: "Pai,
perdoa-lhes porque não sabem o que fazem".
Logo em seguida o corpo começa afrouxar-se de novo, e a
asfixia recomeça. Foram transmitidas sete frases pronunciadas por ele na cruz:
cada vez que quer falar, deverá elevar-se tendo como apoio o prego dos pés,
inimaginável!
Enxames de moscas, grandes moscas verdes e azuis, zunem ao
redor do seu corpo; irritam sobre o seu rosto, mas ele não pode enxotá-las.
Pouco depois o céu escurece, o sol se esconde: de repente a
temperatura se abaixa.
Logo serão três da tarde. Jesus luta sempre: de vez em
quando se eleve para respirar. A asfixia periódica do infeliz que está
destroçado. Uma tortura que dura três horas. Todas as suas dores, a sede, as
cãibras, a asfixia, o latejar dos nervos medianos, lhe arrancaram um lamento:
"Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes?". Jesus grita:
"Tudo está consumado!". Em seguida num grande brado disse: "Pai,
nas tuas mãos entrego o meu espírito".
E morre.
Ele fez tudo isso por amor a você!
E você, o que faz por Ele?!?
Abraços,
Uma benção. A charge também foi bem criativa!
ResponderExcluirDeus abençoe a sua vida!